Saí do estúdio após fazer as fotos de uma modelo que estava programada
pra hoje. Era meu segundo dia de trabalho em Santos após minhas "férias" de duas semanas e eu já estava cansada.
Ontem eu passei o dia todo trabalhando e à noite fui ao shopping com a minha
irmã, Patrícia, para comprar algumas coisas pro meu "sobrinho ou sobrinha". Acho
que essa gravidez é um erro na vida dela, pois afinal ela é a irmã mais nova,
mas deixa rolar... Se já aconteceu, não deixarei, em hipótese alguma, ela
abortar. Não digo que o bebê seja um erro, mas na vida dela é. Esse bebê será o erro mais lindo da minha vida, será a minha vida.
Andando pelas ruas de Santos, observei um grupinho jogando futebol na
pracinha, mas ignorei. Meu celular vibrou no bolso e eu o peguei para ver o que
era. Enquanto lia senti uma grande pancada na minha cabeça e fiquei
inconsciente.
Acho que se passaram de 5 a 10 minutos desde quando eu caí e agora ao
abrir os olhos me encontrei deitada em um banco de um carro. Me mexi e senti
minha cabeça latejar. Resmunguei alguma coisa que nem eu mesma sei o que foi e
senti a presença de mais alguém dentro do carro.
- Até que enfim acordou! Está bem? – um homem falou enquanto me encarava
preocupado.
- Não sei. Não consigo abrir os olhos direito e minha cabeça dói! O que
aconteceu? – perguntei sem conseguir olhar muito bem para ele.
- A bola bateu na tua cabeça com muita força e você desmaiou. Desculpa!
– ele me respondeu.
- Ah sim, e quem é você?
- Não me reconhece?
- Sou obrigada agora?
- Neymar...
- O jogador?
- Não, o pai dele. – ele falou me mostrando a língua e rindo.
- Não achei graça. Cadê meu celular?
- Tá aqui... ele caiu e desligou, mas depois ligou de volta.
- Esse celular leva tanto tombo
que eu nem sei como ele ainda sobrevive. Mas tudo certo tô bem já. Muito
obrigada, estou indo embora! – falei me levantando para sair do carro e ir
embora.
- Não, espera! Deixa que eu te levo.
- Eu nem te conheço e você já quer me levar em casa?
- Sou confiável, cara. Sou famoso!
- Mais motivos pra mim desconfiar. Muito obrigada! – falei colocando os
pés pra fora do carro. Senti ele me puxando pelo braço.
- Posso saber pelo menos o seu nome, marrentinha? – ele me fez o encarar
e sorriu.
- Giovanna, senhor famoso.
- Ótimo Gio, agora que já nos conhecemos, posso te levar em casa?
- Não vai desistir mesmo dessa ideia? – perguntei sem conseguir
disfarçar um sorriso que se formava em meus lábios.
- Não. Eaí, onde você mora?
- Só vou se você me deixar dirigir! – falei cruzando os braços e ele
riu.
- Sinta-se como se estivesse com seu próprio carro. – ele falou e me
entregou a chave.
- Só daqui a alguns dias, querido! – peguei a chave e me sentei no banco
do motorista. Logo dei partida e fui em direção a minha casa.
- Faz o que da vida, Gio?
- Que intimidade toda é essa, Neymar?
- A que eu acabei de criar, ué. E me chame de Júnior, por favor!
- Júnior, okay. Me chame de Gi, não Gio!
- Ótimo Gi, agora conta o que faz da vida?
- Sou fotógrafa! Ah, eu já ia perguntar o que você faz...
- Juro que te responderia! – rimos.
- Não teve treino hoje?
- Tive mas fui liberado mais cedo, aí fui pra praça jogar futebol com os
moleques e por sorte acertei a bola na cabeça de uma linda Giovanna.
- Nossa! Que espetacular! – ironizei e ele riu.
- Mas é a verdade!
- Então você acha que é sorte eu ser acertada na cabeça por uma bola?
- Não. Sorte é me conhecer!
- Pouco convencido, hein? Não acho sorte nenhuma.
- Pois eu acho uma sorte tanto te conhecer quanto te acho uma linda
Giovanna.
- Menos Júnior, por favor. – falei e ri. – Chegamos.
- Então quer dizer que você mora perto da minha casa?
- Não sei. Onde você mora? – perguntei apoiando meus braços no volante.
- Três ruas atrás dessa! – riu.
- Não invente de vir me perturbar, okay? Minha mente já está perturbada
demais depois dessa bolada.
- Ótimo! – ele falou e sorriu, se aproximando de mim e encarando meus
lábios.
- Ih louco, tchau! Muito obrigada. – falei saindo do carro e o deixando
sozinho.
- Tchau Gigica! Até amanhã. – ouvi ele gritar e entrei correndo para o
meu prédio.
Ao chegar no meu apartamento, abri a porta e dei de cara com o meu
melhor amigo e meu irmão jogados no sofá
assistindo um jogo de futebol.
- O vício não acaba não? – perguntei rindo e me jogando em cima do
Felipe, meu melhor amigo.
- A gordura também não, né? – Felipe retrucou rindo e eu estapeei seus
braços. (e que braços!)
- Babaca! O que me contam de bom? – perguntei sorrindo.
- Eu, né! – Caio, meu irmão, respondeu.
Ri. – Temos que tratar desse seu convencimento aí, hein! – falei e me
levantando e indo até meu irmão. Dei dois beijinhos na bochecha dele e ele
beijou minha testa. – Cadê a Patrícia?
- Tua irmã? – Felipe perguntou e eu rolei os olhos. Quem mais poderia
ser? – Chegou da rua ainda agora e subiu!
- Ótimo. Vou lá com a minha pequena, beijos! – falei e sorri, subindo as
escadas correndo em seguida.
Subi as escadas e fui para o meu quarto. Decidi que iria tomar um banho
e lavar a cabeça para tirar essa areia que grudou em mim quando eu caí. Sentei
na cama e peguei meu celular, disposta a postar uma nova foto no Instagram.
Fuxiquei até perceber que não tinha foto nenhuma já salva que me interessasse
pra postar. Então tirei uma foto rapidinho, editei e postei:
[@] gimartinelli: “Adivinha quem levou uma bolada
na cabeça hoje? #nice”
Vi as notificações de like e comentários começando a aparecer e bloqueei
o celular. Fui até o meu closet e peguei uma roupa qualquer indo tomar banho em
seguida. Lavei meus cabelos e depois quando saí do banho, me arrumei, sequei
meus cabelos e fui para o quarto da Patrícia.
- Que história é essa de ter levado uma bolada na cabeça, hein?
- Nada demais, querida. – ri.
- Desmaiou?
- Sim, mas foi coisa de 10 minutos e aí eu voltei.
- Te socorreram?
- Sim, me trouxeram em casa.
- Tá sentindo alguma dor?
- A irmã mais velha ainda sou eu, tá? Não sinto nenhuma dor.
- Ótimo! – ela riu e me abraçou.
- Como vocês dois estão?
- Estamos bem. Lembra que amanhã tem consulta do pré-natal, certo?
- Poxa, já havia me esquecido. Mas nós iremos! Que horas?
- Está marcado pra 10:30. – ela falou e se virou de bruço na cama. – Não
aguento mais visitar médicos.
- Gostou de fazer sexo, certo? Agora vai gostar de cuidar da criança
também pelo menos enquanto ela estiver dentro da sua barriga.
- Você só diz isso pra mim, né? Fala pro Felipe também.
- O Felipe não gosta muito de perguntar as coisas à você, mas me enche a
paciência perguntando sobre o filho dele. Eu digo as mesmas coisas que eu digo
pra você à ele, pois os dois não tem noção de como é complicado ter um filho
nessa idade!
- Quem tem noção? Você? – ela me perguntou de cara emburrada.
- Claro. Te confesso que tenho mais maturidade que você!
- Desculpa... sou toda errada mesmo!
- Ainda assim eu te amo, bobona! – falei e abracei ela de novo. – Onde
tu esqueceu essa barriga que não cresce, hein?
- Evaporou toda pra tua bunda! – ela falou e nós rimos.
- Besta! Vamos lá embaixo? – perguntei ainda rindo.
- Tira uma foto comigo antes?
- Claro! Sorria fã. – disse e ela riu. Tiramos a foto e a Patty postou.
[@] pattymartinelli “Eu sempre estarei aqui pra,
com e por você! @gimartinelli”
Descemos as escadas e logo encontramos os meninos jogados no sofá
comendo biscoitos e conversando sobre algo. Sentei-me ao lado do Caio e a
Patrícia se sentou no chão mexendo no celular. Caio me puxou pra mais perto de
si e fez cafuné em minha cabeça.
- Sobre o que estavam conversando? – perguntei sorrindo.
- Planos pra amanhã! – Felipe respondeu e deu de ombros.
- Podemos ir com vocês? – perguntei falando sobre mim e a Patty.
- Vão querer ficar vendo um monte de garotos jogando futebol e depois
videogame? – Felipe perguntou de volta. Torci o nariz.
- Não, obrigada. Sei que depois começarão a falar de mulheres e.. ah,
deixa.
- Sempre será assim. – Caio disse rindo. – E vocês, minhas princesas, o
que farão?
- Amanhã tem ultrassonografia e depois a gente vai passar no shopping
pra comprar as coisas do bebê. Suponho que amanhã essa criança finalmente abra
as pernas para que a gi e eu saibamos o sexo! – Patty falou e riu fraco.
- O papai aqui também tá louco pra saber! – Felipe falou rindo.
- Sabe o que vocês são? Babões! – falei e ri. – Estão com fome?
- Eu tô morrendo de fome! – Patty foi a primeira a se pronunciar.
- Desde que você ficou grávida, você vive morrendo de fome Patrícia! –
Caio falou e todos nós rimos.
- Que bullying! – ela retrucou se levantando. – Acho que vou fazer
alguns sanduíches.
- Ah, obrigada! – sorri.
- Pra mim... vocês façam os de vocês! – ela riu.
- Nossa ridícula! Obrigada. – falei me levantando e os meninos riram.
[n/a] Olá!!! Tudo bom meus amores? Estou aqui pra mendigar comentários pra que eu possa continuar. Espero que estejam gostando desse embolo doido, mas JURO que vocês entenderão o que tá rolando! Quero comentários, valeu? Beijos, @hugsnjr / fanny!
Toop ... quero mais logo !
ResponderExcluirContinua amor, a historia parece ser muito boa
ResponderExcluirApaixonada por isso tudo <3<3 Sério, você escreve muito bem, e isso faz com que a fic seja uma das melhores. Continuuuua, to in love <3<3 @Sarah_Valiati
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