9º Capítulo - She was born to be the hapiness of my life!

Corri pelos cantos da casa e acordei o Caio, o Felipe e por fim a Rafa e o Júnior. Eu chorava feito uma bebê e estava desesperada. Chegava perto da Patrícia que dizia estar sentindo muita dor e sentia meu corpo todo tremer. Minha pequena viria pra mim! Enquanto Rafaella e Júnior tomavam banho eu, Caio e Felipe ficamos abanando a Patrícia. Assim que o Júnior veio pro quarto eu saí correndo pro meu. Entrei pro banho, tomei um banho correndo e saí enrolada na toalha. Quando cheguei no quarto o Felipe tava lá.

- Que susto! – falei segurando a toalha. Caminhei até meu closet. – Vai tomar teu banho, temos que ir!

- Tô indo. – ele falou e foi pro banheiro. Ele parecia estar triste com algo... ainda não sei o que.

Fui até meu closet e peguei a primeira roupa que vi, arrumei a bolsa da Laurinha e fui pro quarto da Patrícia. Levantei-a com ajuda do Júnior e levei-a pro banheiro e dei um banho nela junto com a Rafa, por fim ela se vestiu e quando voltamos pro quarto o Caio também já estava pronto. Nos apressamos em descer tomando todos os cuidados possíveis. A divisão dos carros ficou: eu, Patrícia e Júnior/Caio, Felipe e Rafaella. No caminho a Patrícia reclamava de dor enquanto apertava a minha mão. Eu chorava e pedia pro Júnior ir mais rápido e ele falava que não podia já em desespero tentando me acalmar. Por fim, chegamos no hospital. Entramos correndo e demos o nome da Patrícia, falamos tudo o que havia acontecido e que o caso era de nascimento de bebê prematuro. Falaram que uma pessoa poderia entrar junto, falei que seria eu e fui me trocar. Logo entramos pra sala de parto e prepararam a Patrícia. Tudo era muito calculado, era um parto de risco. Laura nasceria de 7 meses e dois dias.

- É uma operação de risco, mas a Patrícia tem dilatação então não precisaremos abrir a barriga dela. – a doutora Cristina falou. Senti minhas mãos soarem e meus olhos se encherem de lágrimas.

- Mas elas vão sobreviver, doutora? – perguntei e Patrícia apertou minha mão.

- As possibilidades delas não resistirem são mínimas. Mantenha a fé, começaremos o parto! – ela respondeu e todos os enfermeiros pararam por perto. Todos estavam muito atentos ao o que acontecia e eu estava tensa. A doutora Cristina é mãe de uma amiga minha, a Camilla Pires, e eu ficava mais tranquila sabendo que ela seria a médica do parto da minha filha.

(...) Toda vez que as contrações vinham Patrícia fazia força e apertava a minha mão. Eu sentia meus dedos sendo esmagados, mas continuava firme ali. Não via a hora da Laurinha sair e me sentia tonta, parecia que iria desmaiar a qualquer momento.

- A cabeça saiu! – Cristina avisou. As contrações continuaram e Patrícia continuou fazendo força. Logo os ombros da Laura passaram e a puxaram de lá de dentro. Foi uma operação rápido para limparem seus olhos e passarem a pomada que deveriam passar para que ela não ficasse com resíduos nos olhos, tirar algo que eu ainda não sei o que é de suas narinas, enrolarem-na em uma toalha e tentarem entregar pra Patrícia que fraca apontou pra mim e uma enfermeira me entregou a minha pequena Laura.

- Por fim, você chegou filha! – falei e beijei sua testa. Ela se mexeu em meus braços e eu agradeci a Deus pela sua vida. Lágrimas rolavam pelo meu rosto sem querer parar e eu deixava com que elas rolassem enquanto eu observava seu rostinho angelical. Branquela de cabelos castanhos. Exatamente da forma que eu esperava! Sorri e a enfermeira falou que a levaria para o banho. Assenti e a entreguei para a enfermeira percebendo o olhar cansado de Patrícia sobre mim.

- Missão cumprida! Dá teu jeito e passa ela pro teu nome. – Patrícia falou ofegante. Assenti e saí da sala pulando.

- NASCEU!!!!!! – falei quando encontrei os meninos e a Rafa na sala de espera. Felipe me abraçou correndo e começou a chorar. Eu não me sustentei e chorei junto com ele. Caio, Júnior e Rafaella nos abraçaram e nós choramos juntos. Não dava pra acreditar! Era surreal. Os braços do Felipe envolviam minha cintura enquanto os meus envolviam seu pescoço. Ele chorava enterrando seu rosto em meus pescoço e eu apoiava a minha cabeça na dele.

- É nossa, Giovanna! – ele falou e eu sorri.

- Giovanna? Por favor. – Cristina pediu e eu me larguei deles e fui até ela.

- Sim?

- Vamos fazer o cadastro da Patrícia e da bebê. Precisamos do nome da Patty completo, do pai da bebê e da bebê.

- Então, acontece que quem vai assumir a criança sou eu... preciso que você coloque-a no meu nome.

- Mas Giovanna, isso é crime!

- Tia, eu preciso que faço isso por mim. A Laura é minha e do Felipe!

- Eu não posso fazer isso sozinha.

- Arranje alguém de confiança e diga que eu pago pelo total silêncio de vocês. Mas eu disse TOTAL silêncio!

- Eu vou resolver e já te falo! – Cristina falou e saiu de perto de mim. Voltei pra perto do meu povo que me olhavam espantados.

- O que aconteceu? – Caio perguntou.

- Eu vou ter que pagar pelo crime.

- Que crime? – ele retrucou.

- Colocar a Laura no meu nome a partir de agora.

- Quanto? – Felipe perguntou.

- Ainda não sei.

- Giovanna, arranjei mais 2 pessoas e elas só fazem o trabalho se você pagar ao todo 300 mil reais. – Cristina voltou falando em um sussurro para mim junto dos meninos.

- Mas eu não tenho todo esse dinheiro. Eu tenho apenas 200... não tenho como pagar. – falei.

- Por 200 nada de trabalho feito. – Cristina falou dando de ombros. Senti meu mundo acabar. Abaixei minha cabeça apoiando-a nas minhas mãos e comecei a chorar. Não conseguiria a Laura pra mim.

- Eu pago o que faltar! – escutei uma voz masculina conhecida dizer, quando olhei para o lado era o Júnior. Um sorriso enorme se abriu no meu rosto e eu o abracei sussurrando “obrigada”.

- Ótimo, vem comigo! – Cristina pediu e eu fui com ela até uma sala onde eram feito os cadastros. – Seu nome completo, por favor.

- Giovanna Martinelli dos Reis. – falei e ela digitou no computador.

- Nome do pai da bebê?

- Felipe Santos de Castro.

- E o nome da bebê?

- Laura Martinelli de Castro. – falei e sorri.

- Ótimo. – falou e imprimiu uma folha. Chamou com os dedos mais duas mulheres e elas assinaram o papel. – Amanhã o pai pode ir fazer a certidão da Laura!

- Obrigada! – falei e sai da sala. Cheguei perto de Felipe sorrindo e ele automaticamente sorriu também. – Faça a certidão da nossa filha amanhã, tá papai?

- Conseguimos! – ele me abraçou e me rodou.

- Sim, e hm... – falei e me aproximei do Júnior. – Obrigada pelo o que fez por mim.

- Se for preciso eu faço de novo! – Júnior falou, segurou em meu rosto e me beijou. Um beijo que eu necessitava para me sentir completa. Parti o beijo com selinhos quando escutei uma voz masculina desconhecida chamando pelo meu nome.

- Sim? – perguntei olhando para o doutor que estava na minha frente.

- Vamos ver se o tratamento pra ter leite que você fez, deu certo? – ele falou e faltou eu dar saltinhos de alegria.

- Claro! – falei e o acompanhei até um quarto com duas camas e uma incubadora no meio. Patrícia estava deitada numa cama e a Laura dentro da incubadora. Troquei-me e sentei na cama. Uma enfermeira me trouxe a Laura e eu a segurei. Antes de que eu a colocasse para mamar o médico puxou meu leite com uma bombinha o que provou que o tratamento deu certo. Liberaram a entrada do Felipe, Caio, Rafa e Júnior no quarto e assim que eles entraram eu coloquei a Laurinha pra mamar.

- Após a primeira amamentação seus seios começarão a produzir mais leite. – o doutor falou e eu assenti. Ele saiu do quarto e os meninos se aproximaram mais.

- Que coisa linda! – Rafaella falou e passou a mão pelo meu rosto.

- Ela é linda... até parece contigo! – Júnior falou e deu uma risada pelo nariz, me dando um selinho em seguida.

- Não acredito que enfim minha sobrinha está aqui! – Caio falou e acariciou a cabeça de Laura.

- Minha princesa é tão linda! – Felipe falou com um sorriso que quase não cabia no rosto.

- Tira foto assim que ela acabar de mamar, por favor! – pedi e Júnior puxou meu iPhone de seu bolso e ficou esperando. Logo Laura não quis mais mamar e eu a coloquei para arrotar, em seguida, enquanto eu a fazia dormir, Júnior tirou a foto. Coloquei a Laura nos braços do papai babão Felipe e editei a foto para postar.

[@] gimartinelli: “Eu esperei tanto por esse momento, mas nunca imaginaria que aconteceria assim tão cedo. Te ter em meus braços se tornou o meu sonho desde quando eu descobri que você viria ao mundo. Hoje mal posso acreditar que você já está aqui e eu agradeço a Deus por isso, por ter colocado um anjo em minha vida. A minha felicidade está toda em você filha e por você eu darei minha vida, minha felicidade, o resto dos meus dias. Por vocês eu passarei por coisas jamais imaginadas e ainda assim serei feliz, pois você estará comigo. Antes eu dizia ser feliz, mas hoje posso garantir a qualquer um que sou muito mais, pois tenho você. Antes de saber o que era ser mãe, eu poderia julgar isso como uma coisa qualquer, mas hoje eu digo que ser mãe é o maior presente que Deus pode dar a uma mulher. Você é o presente da minha vida, Laura! Mamãe te ama. #chegou #laura”

[@] userfem: “Já nasceu? Prematura, né?”

[@] giourdream: “Não acredito!!!!!! Seja bem-vinda Laurinha, que Deus te abençoe muito e te dê muita saúde. Eu já te amo muuuuuito e parabéns aos papais! Hahahahaha @_lipecastro @gimartinelli por favor, dêem notícias!”

[@] gilcebola: “Mas eu te vi de madrugada e tudo ainda estava bem. Como assim que minha Laureca já nasceu e ninguém me avisou? #colanocelularqeutoligando”

[@] camipires_: “Nasceu? Parabéns amiga! Logo vou te visitar.”

[@] reinjr: “Laura nasceu? Parabéns!!! Que ela esteja com muita saúde e seja muito abençoada!”

[@] njunior11: “Olha a novinha do Davizinho aí, gente! Hahahahahahaha #lauralinda”

[@] littlelauram: “Minha princesa! Oficializa aqui, Gi!”

[@] princessrafa: “Que texto lindo! Parabéns mamãe!”

- Eu também quero postar alguma coisa! – Felipe falou e eu peguei o iPhone dele no bolso da calça dele e tirei a foto. Ele me entregou a Laura que se ajeitou tipo um sapinho no meu colo e continuou dormindo. Segurava ela com uma mão e com outra mexia no celular. Atualizei a timeline e apareceu a publicação do Felipe.

[@] _lipecastro: “Ainda bem que te encontrei, agora sou mais feliz. Seja bem-vinda filha... darei a minha vida por ti e farei de tudo para sempre ver um sorriso em seu rosto! Papai te ama muito! #laura #felizpracaralho”

E nada era mais feliz que o momento que eu estava vivendo. Um médico logo veio falar com a gente, falou que precisávamos de repouso e que a saúde da Laura estava melhor que o esperado. Ela não havia tido complicações, mas precisaria passar alguns dias em observação e a boa notícia é que eu poderia ficar junto. Por fim, o Júnior perdeu um dia de treino, o Caio o dia de trabalho, Felipe uma sessão de fotos, mas não nos importamos com isso, pois afinal era um dia especial. O dia 5 de Julho a partir de hoje seria especial. É o dia do nascimento da minha pequena vida.

[n/a] Eaí, meninas!!! Gostaram? No próximo capítulo tem mais surpresa pra vocês. A data do nascimento da Laurinha é "5 de julho de 2012"... a história se passa em 2012!!!! E só foi nesse dia e nesse mês porque a minha linda leitora/melhor amiga, Manuela, pediu pra que eu colocasse esse dia, então está aí! Quero muuuitos comentários pra que eu volte a postar. Divulguem em outras fics, pras amigas, nos fã clubes e em tudo que puderem ok? Qualquer critica, duvida, elogio é só comentar. Beijos da Fanny!